
"É necessário dominar a ferramenta até para se defender dela." Com essa afirmação, o professor Mateus Lisboa deu início ao curso "Utilização de IA na JFPE", que abordou os fundamentos, aplicações e implicações da inteligência artificial (IA) no contexto do Judiciário. Na terça-feira (13), o evento foi voltado para servidores e magistrados da sede I e teve como objetivo capacitar os participantes no uso estratégico de ferramentas baseadas em IA. Ainda nesse mês de maio, o curso irá atender a Sede II e a subseção de Goiana.
Durante o curso, Mateus explorou os fundamentos da IA e da IA generativa, passando pela linha do tempo da evolução tecnológica, até os impactos sociais e a forma como a IA está transformando o modo de trabalho em diversas instituições.
Um dos destaques foi a explicação sobre os modelos de linguagem de grande porte (LLMs), como ChatGPT, Gemini e Claude, que hoje lideram o cenário tecnológico. Um ponto fundamental foi o alerta sobre "alucinações", quando a IA gera respostas incorretas ou inventadas. Mateus reforçou a importância de exigir conteúdos precisos e factuais, com indicação de fontes e referências e também a necessidade de revisar todo o conteúdo gerado pela IA. O curso também provocou reflexões éticas. Ao ensinar a usar a IA como aliada, o instrutor reforçou a necessidade de manter o que chamou de "reserva de humanidade" — a responsabilidade, o julgamento e a empatia que só o ser humano pode oferecer.
Mateus também destacou o caráter algorítmico da própria cognição humana. “O ser humano é algorítmico por natureza. A gente usa uma cadeia de pensamentos para resolver problemas. A IA funciona assim também”, explicou o instrutor.